domingo, 24 de abril de 2011

O Cantor que sou

Sou cantor por paixão
Mas música não sei fazer
Não é o meu ganha-pão
Só canto por prazer

Canto para não chorar
Nesta imensa solidão
Alegra o cantar
Aquece o coração

Sou um jovem cantor
Minha música não é perfeita
Também não sou Doutor
O que importa é ser feita

Canto por gosto e vaidade
Também por diversão
É para matar a saudade
De uma antiga paixão

Entro no palco a tremer
Sem saber o que falar
Não sei que aceitação vai ter
Este fado, que vou cantar

Cantar é a minha paixão
O fado sempre me fascinou
Amália é minha adoração
E eu, que cantor sou?

Estes versos foram escritos para um amigo (Luís Ferreira) e colega de trabalho, que nas horas vagas gosta de cantar o Fado.

domingo, 17 de abril de 2011

O meu jardim

Recebi um punhado de  flores
Peguei nelas em minha mão
Eram muitas e várias cores
E alegraram-me o coração

Exibi-as ao vento que me visitava
Algumas sementes cairam no chão
Na terra onde eu escavava
Foram caindo grão a grão

Elas não quiseram morrer
Naquela terra que as esperava
Era um sítio ideal para nascer
E o orvalho da manhã as regava

Tratei das sementes com carinho
Com elas falava de vez em quando
Até que um dia nasceu um pezinho
Com o vento lá ia abanando

Foram nascendo livremente
Vieram florir o meu jardim
Ficou magnificamente
Com as flores de Jasmim

Senti-me muito feliz por estar
Entre aquelas flores tão belas
Tinha receio de machucar
As Rosas, Tulipas e as Camélias

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mãe


Tão cedo me deixaste
Era eu tão pequenino
Nem sequer te conheci
E não tive o teu carinho
O teu calor não senti
Que falta me fizeste
Para tudo me ensinar
Nas tristezas sofrer
E nas alegrias festejar
Mãe, que tristeza por te perder
Um lindo neto te dei
E não o conheceste
Tantas lágrimas que chorei
Vendo nele o que fui
Sendo agora o que sou
De ti me lembrei

A ti mãe, tudo eu devo
Pois do teu ventre brotei
E do teu sangue eu tenho
Minha mãe, o que por ti já chorei

Dizem que eras tão nobre
Com um grande coração
Partiste muito nova
E Deus te compensou
Para o Céu Te levou
Onde estás sem sofrer
Arranja-me lá um lugar
Bem juntinho a teu lado.
Mãe, um dia te irei ver

Este poema obteve o 3º Lugar no I Concurso de Poesia Aurélio Fernando (Externato Delfim Ferreira)

Um sonho de criança

Ainda era uma criança
Sonhei ser um escritor
Nunca tive a confiança
Para tal facto me dispor

Num Concurso participei
Com um Poema que escrevi
Ao ouvir meu nome exaltei
Que belo momento eu vivi

Grande foi o incentivo
Para continuar a escrever
Um Dom que cultivo
Não o posso perder

Meus amigos gostaram
Pediram-me para continuar
E Poeta, alguns me chamaram
Não os posso ignorar